O Guerreiro e o seu Mestre!
Poema de Betimartins
Dentro do meu Ser ainda habita
Um jovem e um bravo guerreiro
Ainda que ele seja destreinado
Impregnado de muitos receios
Repleto de muitos dos seus mitos
Mergulhado no abismo e no medo
Assim caminha entre as suas duvidas
Refletindo, em todo o meu caminho
Assim eu me sento no alto da montanha
Descansando do meu cruel destino
Interrogando o meu Pai, o Grande Criador!
Numa grande suplica de amor, ajoelhando
Num grande gesto de superação e elevação
Libertando o meu coração da minha razão
Surgindo dentro de mim a minha emoção
Era apenas eu e a solitária Montanha
Entre o meu silencio e do seu Mestre
O vento é gentil como sopra sereno
O Bravo guerreiro despoja a espada
É chegada à hora de escutar a... Voz!
Do seu amado Mestre... É a minha hora
Há... Todas as minhas lutas, suas batalhas
Já nada representavam e logo se iniciava
A maior cruzada de sua aprendizagem
Eu não sei como desposar todos os ideais
Nem mesmo como caminhar, eu estou cega!
Não... EU não posso tapar os meus olhos
Logo eu cairei... Nestes caminhos íngremes
Mas... A Voz do Mestre soa ainda mais alto
Confia... Diz O Mestre... Não temas... Confia
Respiro fundo, entregando-me ao Mestre Jesus
Que eu posso temer? A Morte, não! Morte
Era fácil demais, a Morte é só o novo renascer
De uma nova vida e da verdadeira eternidade
E as minhas saudades, quanta é a saudade!
Que eu tanto sinto da minha distante morada
Mas... Meu Mestre, eu estou pronta a voltar
E descer a dura montanha, por muito agreste
Que seja é a preparação da minha última batalha
Estou tão cansada... Meu Pai é chegada a hora... Pai!
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