Poemas : 

Aravilha - LIzaldo Vieira

 

Aravilha – Lizaldo Vieira
Porque acordar cedinho
Beliscar os primeiros raios
Selar os pés de chinelo havaianos
Seguir nas trilhas vicinais
A caminho do mar
Da orla afrodisíaca
Ver a colina de santo Antônio
Conferir aquele dezessete de março
O mais sábio dos atos
Minha bússola vem das lavandeiras
Dos bem-te-vis
Altaneiros e protetores dos verdes manguezais
Em linha reta
Saindo do oeste
Todos os caminhos
Leva-nos ao beijo do sol
Apanhar as ondas preguiçosas
Donde parece que rezadeiras e sereias
Surgiram com véus brancos
Lá das profundezas mais tenebrosas
Para amansar a suave brisa
Que livre e tranquila
Vive a se derramar
Continente adentro
Topônimo Aracaju
Deve ser coisa de índio
Expressão Tupy
Ará acaiú"
Se é verdade
Que este chão
É cajueiro das araras
Dos papagaios
Ah! meu caju
Suco forte
Fruto do cajueiro
De a avenida beira amar
Quão bom e gosto
É teu cheiro
Cheiro de flor amor
Cheiro da polpa
Cheiro do doce perfume natural
. Cheiro de amor
Que vem de longe
Dos quintais enfeitados
Por frutos da pele vermelha
Verdes e amarelas
Aqui tinha muita arara e muito caju
Araju
Aragipe
Aratu
Difícil é não gostar
De tu
Parece antenada com o universo
Aeroporto bem perto
Ciclovias
Ferrovias
Avenidas estreitas
Aracaju de tototó
No rio Sergipe
Bairros pobres e nobres
Feirinhas das oficinas
Mercado talas Ferraz
Localidades bucólicas
Do bem diferente
Povo moreno
Bonito
Rosto arredondado
Atencioso
Riso miúdo
Fala mansa
Gente atenta
Tem o meu time Sergipe
O maior e melhor do estado
E também o dragão do Bairro
É um sonho
Viver aqui
É doce
Ser capital mais tranquila do Brasil
Só você pode
Existe
Meu doce de araça
Melhor lugar de viver
E morar
Num cantinho do mar


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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