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COGUMELO

 
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Eu vi a terra tantas vezes
Dar a impressão
De se partir em sete mil tempos

Eram sete mil pedaços
Em cores tão brilhantes
Que guardei essa visão grande e vibrante
Como fotos
Num arquivo deslumbrante

Eu vi a lua tantas vezes
Dar a impressão
De se perder em minhas noites

Contei sete segundos de açoite, de delírio
Fazia frio, mas arrisquei hesitante
Um chá de cogumelo

Então minha musa disfarçada de amarelo
Veio e encantou minha loucura
E era pura, toda pura
Toda feita de metal

Eu vi na terra tantas vezes
"Lennons" caricaturados

Eram seus discípulos incorformados
Que se escondiam da loucura
E do mêdo da tortura intrigante
Que é ser vivente de um planeta
Onde a paz jamais será a meta
Onde a paz, sempre será um cometa
Escapando numa lente.
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Daniel Flosino Lopes (Danny)
Poeta, compositor e escritor

Canções em festivais de músicas como MPB-Shell, coletâneas literárias da Shogun Arte e Crisalis Editora pelo Rio de Janeiro, crônicas no jornal Gazeta de Ribeirão Preto entre outras obras.

 
Autor
Daniel Flosino Lopes
 
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