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Um Conto De ficção, Sobre A Lâmpada De Edison

 
Um Conto De ficção, Sobre A Lâmpada De Edison
 

A LÂMPADA QUE 'CAIU DO CÉU'


Rayana era chamada assim, somente pela cor de seus cabelos reluzentes no brilho solar, ao raiar do dia.
Era apelido de menina, porque seu nome verdadeiro, era bem diferente: Lucinda.
Não gostava do nome, então o falso, era bem melhor, na sua opinião.
Rayana, tinha medo do escuro.
Quando era noite de tempestade então, era a morte para ela!
Em um final de semana, seus pais foram visitar alguns parentes no interior, deixando a casa ao encargo de Rayana.
Ela ficou com sua irmãzinha menor e a empregada Filó.
Na noite seguinte da saída de seus pais, chegou sem esperar, uma grande tempestade.
Os raios cortavam o céu, em descargas aterrorizantes, unidas ao barulho estrondoso dos trovões.

A pequena Emiliana, sua irmãzinha de 7 aninhos, tremia, abraçada à Rayana,
que teve que fazer um esforço, para esconder seu próprio medo.
A empregada Filó, trouxe as velas para mais perto das patroazinhas, a fim de que lessem alguma coisa para distrair, esquecendo o temporal.
Mas Rayana não tinha cabeça para isso. A luz fraca das velas, de nada adiantava na sua opinião.
Haveria de um dia, alguém inventar alguma parafernália, que desse luz artificial! Ela gritava pela casa...

Desgarrada de sua irmã, por alguns instantes, ela não percebeu que Emiliana, já não mais estava na sala.
Pegou uma das velas das mãos da empregada e saiu
à procura da pequena pela casa...
Vencendo seu medo de escuro, foi guiada pela luz vacilante da vela, pelos corredores enormes da casa...

Nesse momento, perguntou-se porque seus pais compraram do barão Vitório, aquela casa tão grande!
Foi quando achou sua irmã a um canto da varanda dos fundos, observando um estranho objeto.
Perguntou-a de que se tratava. Ela deu de ombros, num gesto muito seu.
Rayana abaixou-se para olhar melhor, o que era aquilo...
Era brilhante, reluzente mesmo...
Um presente inesperado, não se sabe de onde ou de quem, mas inspirou outra pessoa que também o recebeu (bem distante dali), a criar a lâmpada elétrica incandescente :
Thomas Alva Edison (Milan, Ohio, 11 de Fevereiro de 1847 — West Orange, Nova Jérsei, 18 de Outubro de 1931)

Rayana não tinha como inventar nada, mas ele sim.
Dentro de si, soube que seu desejo seria realizado: Uma premonição talvez...
Uma 'voz' interior lhe dizia isso.
Pegou a irmãzinha pela mão, e foi guardar numa caixa, o objeto em forma de gota. Era um segredo delas, não mostrariam a ninguém. Daquela noite em diante, Rayana não teve mais medo do escuro:
Sabia que em algum lugar do mundo, alguém estava guardando um presente igual ao seu, para dar luz por toda casa, principalmente, nas noites tenebrosas de tempestade...

FÁTIMA ABREU
 
Autor
FátimaAbreu
 
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