A estrela
Ah estrela de constelações
Áureas e formidável beleza,
Da fronte suave e delicadeza
De exorbitadas contemplações.
De tez lívida e bem tratada
Formosura, como uma gaza
Bordada de pasmadas gradadas,
Suspirando desejo a cara.
Robustas e cingidas faces,
Graves, suaves e venustas
Faces cingidas, robustas,
Venustas graves e suaves.
Que contemplam o inexorável
Estrelar absconso sideral,
Crestadas do toque feral,
Arcangélico e lindo, amável.
Espaço! Clarões sidéricos
De imensos borrões cinzentos,
Fulgurante dos céus, sérico
De imagens e sentimentos.
Resplandecentes de amores
Que ecoam, inconsequentemente
Nas noutes e escuros clamores
De amores Resplandecentes.
Enamorado de enamoradas ditas
Situações, enamorando truões
Obsequiados de imensidões,
Ditas, tidas, aditas...
Tiaras de airosas aparências
Como o oiro, como o cerúleo,
Abismada de mistérios, acúleo¹
do tudo, assim como a ciência.
De onde vem? De onde irrompe?
D'amplidão sanhosa pelejante?
De ponto a ponto apenas rompe
os olhares tímidos gotejantes.
Ah estrela linda. Linda! Linda!
De celestes imensos, imensidão
De uma beleza além da vastidão
Celeste, linda, estrela infinda!
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¹- fig.,
"Amar-te é ter a certeza que morrerei por um propósito;"