Não te peço amor eterno,
Peço-te asilo num dia de inverno.
Não te mendigo companhia constante,
Mendigo-te a compreensão de um amante.
Que o escuro do dia nos abarque
Através de galáxias e universos,
Numa sintonia de beijos e abraços dispersos,
Com sabor e fervor do teu e do meu toque.
Não exijas amor imortal,
Sou ingénua e perpétua aprendiz.
Não me ames por completo,
Ama-me por cada pedaço que detenho para te entregar.
Abriguemos este pequeno momento secreto,
Somos como que duas crianças que aprendem a amar.
A vida, meu amor, é este momento inconstante
As minhas mãos entrelaçadas nas tuas
Despidas, nuas.