Caminho por muitos caminhos
sem nunca esquecer
quem me deu mimo...
Da minha presença
jamais deixo a palavra
gratidão
nos gestos de honrar
quem por mim
sempre foi o verbo doar...
Em espaço algum
serei desonra
para aqueles que me pariram
com amor
me criaram em amor...
Em todos os instantes
lembro as alianças
da eterna matéria
que de mim não fizeram miséria...
No escuro dos túneis
escuto ecos
(de parentes distantes,
que de mim não estão perto)
a ingratidão de quem lhes deu a mão
sendo mãe de criação
no agora lhe esfaqueiam o coração
por mera demagogia de ciúme!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...