NOTURNOGRAFIA
Na penumbra do quarto onde durmo,
minhas pálpebras pesarosas
exaram palavras sobre o suporte da mente.
Escrevem a respeito de um indígena
que chegou ao Poder
na Terra onde fora o passadouro dum Argentino destemido
[Carrasco da pátria na qual o conceito de Liberdade é o mais perfeito do nosso mundo humanístico!
Porém, elas não escrevem somente a respeito deste servo
do titânico império all star,
camuflado em um herói de um autêntico povo andino;
mas também soluçam as chagas causadas pela lembrança
[Reminiscência dum cálido e fraternal sorriso... seios... Anseios libertinos!
Completamente imersas em lassidão,
as pálpebras largam a caneta
a qual serve para exarar o verbo sobre a lauda da reflexão;
e, então, cedem ao modorrar dos olhos
que não resistem ao galope do expandir no céu da concreta escuridão.
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