Caem da boca silêncios
do olhar mil palavras
cantadas nos dedos
no amanhã onde o mar
sonha letras soltas
enroladas nos ventos
quando a maré desce
na confissão dos tatos...
Os gestos soltos
nas amarras da sombra
a luz extinta
na hora do crepúsculo
morrem os poemas
para não chorar o rosto...
Apagam-se os versos
na escuridão da mudez
que as silhuetas vestem
quando voam as cinzas
nos bosques de cipreste...
Morrem descalças as palavras
renascem os cânticos
nos pontos de confusão
onde o rasto se apaga...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...