Quanto mais olho, mais me iludo.
Quanto mais me iludo, mais desespero.
Criado nesta linha que separa a minha saciedade
Do desejo do teu beijo e a amargura da realidade.
São marcas que tiram a doçura,
É dor que perdura...
É aprendizagem sem consenso...
Rogo-te o bom senso.
Tanto tanto mudar quereria
Se o teu mundo retornar-se-ia
E viesse de encontro com o meu
Criando única empatia!
Acaba a noite escura e fria
Com espontâneos toques de fantasia
Inicia o dia e, esse sol que se ergue,
Tomara que a minha vida o albergue.
Piso velhas calçadas com marcas,
Sujas de tanto serem pisadas
Que, com segunda identidade,
Andam de mãos dadas.
Oh, vida! Para que me queres
Se tudo o que me mostras, mo tirar pretendes?