A minha presunção, prende-se com o facto, de nunca contradizer o óbvio, desonesto seria, aliás, se assim não fosse, e arrogante e mentiroso. Se me sorriem, sei logo à partida, de que há ali uma falsidade latente, uma suplica piedosa, para que lhes preste atenção e atente, na sua questionável debilidade, suportada aqui por uma singular desigualdade, de critérios, entre o que estão a mostrar-me e o que julgam (eles) estar a dar-me a mostrar. Prefiro mil vezes que me mandem à merda, servindo-se de um cinismo a toda a prova, sem pudor ou ressentimento, certificando-se de que não o vão valorizar, nem disso fazer depender a sua atuação, promiscua porque, desde logo, contraditória, do que encontrar aí uma abertura, para o diálogo acéfalo, monossilábico e ofensivo.
Jorge Humberto