Sinto a noite
vazia de mim
no cântico do grilo
à meia lua sonolenta...
Embalo a ausência
na insónia das horas
com um piano
a palpitar silêncios...
Dentro do meu coração
onde habitas
na serenata que és em mim...
Nesse leito
cheio da minha ausência...
De olhos fechados
adoço o sabor da memória
com os teus braços
no meu olhar a sorrir...
No florir intenso dos anos
que por ti fui eu
a sonhar a dualidade
do nosso encontro
no beiral do telhado
onde os pássaros adoram
as poesias do sol
no despertar da aurora!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...