TRABALHAR NO ESTRANGEIRO – “Trabalhar noutro país, por um período curto ou por um período mais longo, pode significar uma melhoria nas suas condições de vida, mas existem alguns desafios para os quais tem que se preparar de forma adequada. A adaptação a uma nova cultura, uma língua talvez desconhecida, a distância de Portugal, da sua família e da rede de amigos ou o contacto com regimes de impostos e protecção social ou com sistemas de saúde e de ensino organizados de forme diferente, face à realidade portuguesa, são apenas algumas das dimensões a ponderar aquando da sua tomada de decisão – também em relação ao país pelo qual vai optar. A melhor forma de se preparar é, pois, adquirir uma boa informação sobre o (s) país (es) da sua preferência”. – Comunidades Portuguesas; Segurança Social; Instituto da Segurança Social, I. P.; Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP; Autoridade para as Condições de Trabalho e, obviamente, Ministério dos Negócios Estrangeiros, etc.!
(Segue-se uma “qualificada Brochura” com toda a problemática envolvente e conselhos afins para os «Filhos da Nação» interessados nesta humanitária/política de negociação…)!
Têm estado a ser divulgadas e distribuídas graciosamente, por todos os locais mais frequentados (incluindo escolas, universidades e igrejas, etc.) estas mesmas brochuras. Deverão ter sido publicados pelo governo milhões destes documentos: incentivando a EMIGRAÇÃO!
Eis um caso paradigmático de provincianismo político que, sendo suficientemente descarado e simultaneamente escandaloso, basta para dizermos: QUE TRISTE SOLUÇÃO!
O espírito da Nação, se existe, deve estar anestesiado ou adormecido, quem sabe?
Nota propositiva 1: Se vieram para Portugal tantos recursos financeiros (tantos milhões) para quê esta lamentável hemorragia das forças vivas do País? Será que vagueia pelo espírito dos governantes a firme convicção de que as mesmas forças vivas que partiram retornarão em breve às suas terras e com elas os proventos desejados para a renovada economia colectiva? É duvidoso. E será que voltam? Não lucrarão mais do que nós os ditos países de acolhimento migratório?
Nota propositiva 2: Porque não tiveram as Entidades envolvidas no evento – aproveitando o fluxo financeiro emergente vindo de fora - o mesmo brio e a mesma inteligência para elaborar esta modelar campanha no «sentido inverso», isto é, favorecendo e incentivando as «condições fundamentais» para que a fixação dos cidadãos nacionais à terra que os viu nascer? Não seria esta alternativa mais consentânea com o verdadeiro desígnio e o dever patriótico de um Estado Democrático?
Nota final propositiva 3 – Parece-nos a nós, muito francamente, que esta “messiânica solução” mais parece a bíblica negociação – entre Esaú e Jacob - da troca de uma herança familiar por um prato de lentilhas!...
Prof. Assis Machado
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