Amanheceu cheia de planos...
O dia prometia, e a noite traria a realização de um sonho... Doce, alegre, esperado, e, por assim ser... Bem-vindo!
Havia em sua alma uma inquietação que pensou ser descabida... Ah! Essa aflição...
Não sabia porquê, tampouco, de quê!
Embora o dia estivesse claro, a sua alma o sentia de bronze - mistérios da vida, do que está além do entendimento.
Porque, não entendeu que o alerta que chegou-lhe sem ruídos.. era, para ser levado a sério?
Pudera tivesse meditado, no perigo que está por trás da neblina... Nesse véu aparentemente calmo, silente, porém, com o poder de apresentar o inesperado - nem sempre o abrir das cortinas, nos traz felicidade; nem sempre é arte.
Chegou a noite... Quem diria que essa seria decisiva? Quem diria, que seria a sua última...?
Quem diria, que o negro véu de fumaça roubar-lhe-ia a visão? A coerência nas atitudes...?
Repentinamente, em meio ao alvoroço do que antes fora alegria... Em meio ao negro véu... Imagens, turbulentas, expressionismo indesejado; presságio da morte, de quem se foi... De quem ficou, sem que pudesse dar, ou, receber o
beijo de adeus!
EstherRogessi, Crônica: POR TRÁS DO NEGRO VÉU - Homenagem às vítimas da tragédia KISS, em 27/01/13