Sinto o amor divino suando em meus poros
no salivar do meu riso e no sal dos meus olhos
-e é essa fé que permeia meus dias-
enquanto olvido a fria chuva de agonias,
mas súbitos são os momentos
comandado pela ira
que me depaupera por dentro
impedindo o bom rebento...
e eu, ornamentada de penúria,
dobro me a tão únicos e tão meus caprichos
-esse consumista debochado da razão-
e libero meus bichos,
ignoro o mau semblante
naquele minuto, naquele instante
-em que esqueço o quão esse amor me aqueceu-
e fria não é mais a chuva, fria sou eu...
confesso o quão ambíguo sou
-o quão egocêntrico sou-
formento tormentas e reconheço
que o teto onisciente desabou
e não, não me consola o arrependimento,
jazo ralhando a consciência,
prostando minha miséria
de vitima a algoz da existência...
honey.int.sp
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