Talhado por um fado
Fosco, umbroso e brutesco,
Um expatriado da utopia
Sai em périplo erradio
Pelas estradas do pensamento maninho, somenos:
Outrora,
Quando --- na promanação da caminhada ---
Era filho radioso da alvorada,
Pensava que nenhum obstáculo
Pudesse impedi-lo de chegar
A Veiga das quimeras metamorfoseadas em fontes de saber feéricas,
Majestáticas!
Ah,
Porém ---
Após envergar
Tantas armaduras,
Forjadas pelo aço da derrota;
Após ver o computador primogênito --- que é a auréola do primata Augustus ---
Extirpar e incinerar a nobreza impressa
No azul do mundo,
O outrora signatário da esperança,
Hoje colmata seus dias
Com uma rotina de estiagens da alegria:
Colmata os seus dias
Com farelos vasqueiros de ambrosia da vida.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
ATENÇÃO: POEMAS SOB A ÉGIDE DA LEI DOS
DIREITOS AUTORAIS N°9.610/98