Mote:
Porque ninguém nos salva de não ser
Também de ser já nada nos resgata
Não estamos preparados para o nada:
Certamente que não para morrer
Gastão Cruz
Carambola de vidas
Padecemos no seguir da idade
Nas mágoas do nosso permanecer
Más ilusões da felicidade
Porque ninguém nos salva de não ser
Traste é a rude opinião
De quem o faz de forma pirata
Restando denegrir sem contenção
Também de ser já nada nos resgata
Sempre temos ao alcance o infinito
De tanto que é vida e a ela dada
Que se avance de contra o que é dito
Não estamos preparados para o nada
Da luta intensa se faz vida
Que jamais se possa desfalecer
A batalha não seja perdida
Certamente que não para morrer
António MR Martins
_________________________________________________
Mote: Terceira estrofe do poema “Dentro da vida”, da obra “A Moeda do Tempo”, edições Assírio & Alvim, página 26, Lisboa, 2006.
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...