Coberta de mantos
a escrita solta-se nas veias da caneta
a areia esvoaça no deserto
em finos pontos
onde o oásis se entrega...
Uma bussola no âmago
no espelho onde a alma
vislumbra os trilhos deixados
numa caixa desordenada
de memórias incontestáveis...
O vento tempestivo
é o passageiro dissentido
nas palmas das mãos
que viajam sem tesouros
nem em busca de arcas...
As cores do pôr-do-sol
descem pelo pescoço
sem esboços
nas paisagem sem romarias
ou promessas voluntárias...
Entregar somente
a semente
a quem assim a conseguir
unificar no decifrar consciente!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...