Crónicas : 

Alegria do Povo

 
Tags:  amor    saudade    solidão    dor    morte    homenagens  
 


Havia um tempo em que um pássaro voava por entre os gramados... Não era para bicar um feno, mas para infernizar a vida de um João, como eram conhecidos aqueles que pairavam com a missão ingrata de pará-lo; Mas o certo é que Garrincha era imparável... Todos sabiam que a direita era o caminho; Talvez fosse isso, por todos saberem o caminho ninguém o encontrava. Mas Garrincha sabia o que fazia e passeava como se ninguém pudesse acompanha-lo. Brincava como uma criança, sem responsabilidade alguma, conduzia a bola com suas pernas tortas. Talvez o destino soubesse que uma estrela solitária deveria brilhar no Glorioso, foram ali com o manto alvinegro que este Mané proporcionou ao mundo as suas peripécias futebolísticas. Encantou o mundo e representou uma nação que hoje tem orgulho de tê-lo como protagonista em sua história vitoriosa. Mas houve um dia em que este “Garrincha” como todo pássaro que se preza, bate suas asas e despede-se do cenário visual dos corações carentes de sua arte. Liberta-se de uma maneira precoce, porém sabemos que, ou, tentamos compreender que, como imortal que o era não poderia ficar muito tempo entre os mortais; Deixou órfãos os seus joões de seus dribles estonteantes, mas também deixou saudosos corações e amantes do futebol inesquecível dos teus pés. Hoje uma pedra relembra que “Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo”, porém não há uma foto se quer em seu epitáfio, descaso de autoridades que jamais serão lembrados em sua história, como foi e sempre será este gênio do futebol. Tem problema não, é como se soubessem que este pássaro sempre irá pousar, por vez ou outra, irá visitar uma perna alheia e protagonizar aquilo que mais sabia fazer, “Humilhar um João e fazer o Gol”. Mané, você estará para sempre gravado em um Epitácio sagrado, que é o coração daqueles que conhecem a sua história, e que jamais se esquecerá dos teus feitos. Descanse em Paz, e quando fizer um gol aí no céu, venha comemorar com a gente, porque jamais iremos reduzir a glória dos teus feitos.





Marcelo Henrique Zacarelli

Manoel Francisco dos Santos 28 de Outubro de 1933 / 20 de Janeiro de 1983.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Janeiro de 2013 no dia 20.
 
Autor
Marcelo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1492
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.