Poemas -> Juvenis : 

O amor de Monny

 
A índia Monny usava penas de ema e pavão.
colares de dentes, anéis de serpentes, pulseiras de capim, unhas de gavião.

Sabia dos mistérios
das almas na selva,
sentia as estrelas
na palma da mão.

A luz dos seus olhos,
chegava às nuvens,
nos pés dos índios
e no coração.

Dançava girando os braços
adornados com fios de lã.

Dormia em taperas,
não via perigos
no escuro da manhã.

Duendes moravam
no meio das grutas.
Recebiam de Monny,
peixes e frutas.

Entre palmeiras,
cactos e coqueiros
a índia Monny
ouvia poemas
de amor.

da boca do índio
que imitava o trote
dos cavalos.

Cheio de calos
andava a dizer:

'pocotó','pocotó','pocotó'...

Cansada de ser só,
soltava os cabelos
no meio do pó.

Logo ao amanhecer,
ouvia o repeteco:
'Pocotó', 'Pocotó...'

Sem tréguas, sem réguas,
iluminavam-se as águas,
as flores e as ervas.

Jovens e velhos
paravam de pescar,
caçar e correr.

Monny tornou-se mulher
no dia em que se casaram
a lua e o sol.

As ervas, as pedras e a selva
ouviam dezenas de vezes:
"Pocotó", Pocótó", "Pocotó".

Um dia, um índio guerreiro
vindo das montanhas,
sem quase nada dizer,
despertou no corpo
e na alma
o amor de Monny.








Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
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RaipoetaLonato2010
 
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1897
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/01/2013 08:16  Atualizado: 17/01/2013 08:18
 Re: O amor de Pocotó
Poemas juvenis!

é uma pena que se impinja aos leitores tamanha barbaridade e desta forma ajudar a criar lixo despedido de valores. não falo de moedas, falo de falos em riste a brincar atrás da janela
é com desprezo tenho assistido a um desvio da cultura pimba um pouco por todo o mundo. antigamente, no tempo do papel mata-morrão as velhas tinham a mesma conversa, passavam os dias na mercearia a esgrimirem queijo e um dia mais tarde lá descobrimos que também comiam chouriço
critico desta forma porque por vezes fico cansado e triste de ver a poesia ser tratada desta forma. é claro que se perguntar a um “cego” de que cor é o mundo, ele dirá que é negro, e afirmará a pés juntos que é negro. ele não vê e julga perante o conhecimento que toma como adquirido.
no entanto tem todo o direito de escrever e continuar a fazer figura de ceguinho rindo e mijando e adornando o mundo dos ceguinhos



eu nasci de um eclipse subsariano por causa dos ceguinhos mas salvei-me porque fugi, queriam-me comer o

eu sou uma gaja voa

Marta

Enviado por Tópico
gadanha
Publicado: 17/01/2013 10:13  Atualizado: 17/01/2013 10:13
Da casa!
Usuário desde: 13/12/2012
Localidade: nesta seara
Mensagens: 393
 Re: O amor de Pocotó
subscrevo o comentário anterior.

acredita que se fosse uma prosa um pouco desenvolvida até podias ter aqui uma história engraçada.


Enviado por Tópico
Setedados777
Publicado: 23/01/2013 01:53  Atualizado: 23/01/2013 01:53
Da casa!
Usuário desde: 23/03/2012
Localidade:
Mensagens: 280
 Re: O amor de Pocotó
Sempre te lendo... É muito interessante a tua página! Abraços do Edu...


Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 15/10/2017 03:08  Atualizado: 15/10/2017 03:08
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Localidade: São Paulo
Mensagens: 7163
 Re: O amor de Monny
Boa noite,poeta,

Quanta criatividade em seu belo texto.Parabéns!

Abraços,
Mary Jun