Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.
Lento é o golpe da terra e o seu negro desgosto Lenta é a dor dos homens, os por ele ceifados No corte da espada odiada sem nome e sem rosto Quedam-se e aguentam o fel, por hora calados.
Choram e clamam, recordando feitos ainda que eternos Os ilustres e os valorosos servos e o seu rei deposto Mais a glória das batalhas por mares, por terras e ermos E descrentes, murmuram palavras ao silêncio imposto.
Mas eis que se levantam vozes acalmando o pranto Trazendo liberdade no escudo que protege o peito Carregando no grito os que rogam e o seu desencanto Merecendo, por bravura e honra, o nosso respeito
Vão iluminando assim o caminho entre trevas de horror Caindo e erguendo-se, vão lutando, por um ideal maior.