Era noite, e eu descia minha rua. Ventava, chovia e, sob o negror do céu, uma garrafa plástica, vazia, ao sabor do vento, cruzava, rolando, a minha vanguarda, de meio-fio a meio-fio. Depois veio atrás de mim, e só parou de me seguir quando aquela moça bonita passou, com seu guarda-chuva torto. Fiquei absorto.
Roberto Armorizzi