Nevoeiro
Que dia tão escuro, julgo ser ainda noite.
A janela esta aberta mas nem parece.
O despertador tocou! Tem que ser já dia.
Mas ninguém diria que já amanhece.
Levanto-me da cama, sento-me ensonada.
Espreguiço-me com moleza, sinto frio.
Ponho os pés no tapete, calço os chinelos.
Ao vestir o roupão sinto um novo calafrio.
De um salto vou á janela, levanto a cortina.
Fico surpresa está um nevoeiro cerrado.
Mal vislumbro o jardim e os passarinhos.
Nem os oiço chilrear em cima do telhado.
Limpo com a mão o vidro embaciado.
Que maçada, começa uma chuva miudinha.
Já não há passeio matinal. Tiro roupão, chinelos
E voo, para a minha cama ainda quentinha.
Vólena