Falta uma hora para a hora de ir embora, ela chora e me implora pedindo que não vá, sem saber que já fui e sou, apenas, a sombra do que eu era...
Este poema é quântico na anomalia do verbo ir e na vontade que se tem de ir para o outro lado aonde não mora ninguém...
Este verso quebrado faz parte da canção e perdeu a rima por cima das andorinhas mortas pelo frio do verão e pelo descompasso e olvido deste envelhecido coração...
o amigo e poeta João me fez lembrar do samba 'Moro onde não mora ninguém' do Agepê (cantor compositor brasuca já lá com as estrelas)...
Moro onde não mora ninguém/ Onde não passa ninguém Dm A7 Dm Dm/C G7 Onde não vive ninguém/ É lá onde moro C G7 E eu me sinto bem/ Moro onde moro ....
C A7 Não tem bloco na rua/ Não tem carnaval Dm Mas não saio de lá G7 C Am Meu passarinho me canta a mais linda/ Cantiga que há Dm G7 C Am Coisa linda vem do lado de lá Dm C Coisa linda vem do lado de lá G7 Moro onde moro ... (Eu também moro...)
Dm G7 C Uma casinha branca/ No alto da serra Am Dm Um coqueiro do lado G7 C A7 Um cachorro magro amarrado Dm G7 C Um fogão de lenha, todo enfumaçado Dm E7 C É lá onde moro/ Aonde não passa ninguém Am Dm É lá que eu vivo sem guerra G7 C É lá que eu me sinto bem G7 Moro onde moro