Rosto sem feições
Neste vulto escuro
Esboço da solidão
À bolina por entre
O denso nevoeiro
Vento companheiro
Mas glacial na sua arte
Encurta os passos
E fere as entranhas
Da alma navegante
De um passado
Já distante
Vagueando desnorteado
Pelas ruas desertas
Essa morada enlouquecida
De um moribundo
Ferido de morte
Pelas agruras da vida
(Dá-me uma passagem
Para o abismo profundo
Se pequei te pedirei
Perdão do outro lado)
- A inação é a ferrugem da coragem