Crónicas : 

INVESTIDA

 
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O exército que combatia a meu lado, lentamente começou a sucumbir. Os meus companheiros iam caindo, de joelhos. Desistentes, sem coragem, sem iniciativa, adormecidos… Fui o único guerreiro que ficou de pé. Sozinho, por entre as carcaças inúteis dos que ao meu lado lutavam. Numa tentativa vã de os reanimar, gritei:
- Malditos cobardes, desistem assim sem mais nada? Depois de tantas batalhas travadas! Ergam-se novamente e apontem as vossas espadas aos inimigos!
Mas de nada serviu… Um a um foram caindo de joelhos por terra, adormecendo como crianças cansadas. Um a um deixaram-se derrotar pela apatia. Agora nada mais são do que corpos vivos mas parados…
E eu fiquei só, sem companheiros para a luta. Pensei em desistir também, mas algo em mim não deixou e mesmo sozinho, investi contra o inimigo…





“Para amar o abismo é preciso ter asas…”

 
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Transcendente
 
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