Poemas : 

A medo

 
Murcham as pétalas das rosas pela ausência dos beijos
E chovem as lágrimas do céu pela ausência da esperança
Enquanto na terra nasce um lago de um intenso vermelho
Com peixes de asas brancas que nadam e voam ao sabor do sonho

Os ramos das árvores cantam a neve fofa e fria
E as mãos crescem ao vento pelo grito que bate contra a montanha
Enquanto a floresta acorda num verde raiado de sol que se espreguiça da morte
Com o rio a escorrer do leito para um (a) mar desconhecido

Os passos recusam o caminho pelo cansaço das promessas
O corpo cego pelo passado descobre um futuro vendado pelo medo

Enquanto o olhar brilhante e o sorriso inquieto avançam mais um dia
 
Autor
vandapaz
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2955
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 13/01/2013 22:58  Atualizado: 13/01/2013 22:58
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: A medo
Boa noite Vanda, seus versos narram uma cena em que as incertezas, perfazem o roteiro da sua incansável personagem,
Parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/01/2013 23:42  Atualizado: 13/01/2013 23:42
 Re: A medo
saliento...

excelente conclusão de um quase desespero seguido do pouco que é ainda esperança

gostei, Parabéns!


Os passos recusam o caminho pelo cansaço das promessas
O corpo cego pelo passado descobre um futuro vendado pelo medo

Enquanto o olhar brilhante e o sorriso inquieto avançam mais um dia

Sorrisos para si


Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 14/01/2013 20:10  Atualizado: 14/01/2013 20:10
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: A medo
os dias avançam sem medo
as rosas crescem naturalmente
enquanto houver um lago
que leve ao céu a sua água

o branco veste as árvores
para uma nova primavera
onde se irão enamorar
por um olhar qualquer

os rios irão correr sempre
em direção ao mar
e um amor irá chegar à praia
para de novo tornar a amar

a morte é uma superficialidade
haverá sempre mais vida
do que a morte sentida
os caminhos vão a todo o lugar

todos os dias o sol brilha
mesmo que a terra o esconda
os olhos...
estes podem sempre de novo brilhar
um e outro dia mais em qualquer olhar

o dia avança mas o sorriso fica

(Foi feito de improviso em comentário ao teu poema
sem qualquer intenção de escrever outro poema em resposta ao teu)