Luso-Poemas
 
Poemas : 

Venenos Mortais

 
Trago em mim um efervescente
Amor, carinhoso, cálido e nobre.
Floresceu feliz numa luz dolente
Em atitudes malabaristas
Mescladas com as brisas mestiças
E com as nuvens cor-de-cobre.

Tinha as cores das sacras tulipas
Nostálgicas das casas mais pobres
Das antigas casas das Minas.

Hoje puro, fremente e penetrante
Como a ponta de um punhal.
É uma reverência sacrossanta
Dos peitos sôfregos e pulsantes.

Trago um amor de estatura gigante,
Torso, retesado na espinha dorsal;
Aprumado, gargalado e brilhante
Como jóia jaspeada em alto pedestal...

Olhos ébanos, quadris abundantes,
Linhas serenas, formas esculturais;
Uma planta carnívora desobediente
Bárbara, que inocula na veia da gente,
Após beijos doentes, venenos... Mortais!

Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/01/2013 22:16  Atualizado: 13/01/2013 22:16
 Re: Venenos Mortais
Hummm...deslumbrante querido Gyl!

Como sempre...!

Parabéns pela pureza das palavras!

Beijos mil...amigo Gyl!

Felisbela


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/01/2013 22:20  Atualizado: 13/01/2013 22:20
 Re: Venenos Mortais
Gyl,
Arrasou com essa...
Um amor poderoso...que se morra desse veneno!
Abracos,
~Mary~


Enviado por Tópico
lfracalossi
Publicado: 20/01/2013 23:39  Atualizado: 22/01/2013 12:38
Da casa!
Usuário desde: 03/05/2009
Localidade: Campo Grande -MS -Brasil
Mensagens: 447
 Re: Venenos Mortais
Estava com saudades de te ler Gyl e eis o que encontro
de cara: um poema com toques de nostalgia, mas gigante
como o amor que descreve.
Poema pra morrer de amor mesmo. Lindo!

Beijos que cheguem a BH.

Que 2013 seja abençoado e cheio de inspiração!

Lou

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