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,revela-me a noite
(I)
como se a perfeição existisse,
sem adjetivo, sem palavra,
e envolve-me nesse manto feito teu corpo.
,sempre soube das pedras perdidas pelo mar,
das montanhas submersas, inóspitas,
isoladas,
quais armadilhas de navegante
,as visões.
...
(II)
,abana os ventos, abana-os em rodopios, revira-os,
que quebrem os mastros libertando as velas gastas,
e,
no final, que o barco se arpoe mar adentro.
,revela-me o dia,
(III)
...
um dia,
a cada segundo, em cada momento,
faz-me recordar o que sempre quis
esquecer,
este esquecimento de mim.
(IIII)
,[e envolve-me nesse manto feito corpo teu],
só.
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)
Textos de Francisco Duarte