Vislumbro a noite
a dormir no teu silêncio
no rosto sereno
deixo acomodar-se a insónia
nas faces mudas
que contigo aprendi a sonhar...
Palmilhar os prados da noite
onde as mãos se unem
na forma leve da fala cantada
em serenatas tão nossas...
Entrego o olhar pela janela
a lua a descer vigorosamente
o sol a dissipar os vidros
iluminam o teu corpo tranquilo...
Depois da noite
dormir no silêncio
encosto os lábios ao teu cabelo sedoso
durmo a tua voraz tranquilidade
que dizes ser - o meu cariz
contagiado em ti!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...