Choveu e continua chovendo...
Nesta área do grande Recife,
As águas céleres correm enchendo
Os esgotos semi-entupidos!
E eu aqui solitário, no carro preso,
Sob um arvoredo centenário,
Que ele desabe?... É o meu receio,
Razão de meu tenso desvario!
E enquanto a chuva não pára,
A apreensão que agora me agasalha,
Penitencia-me de meus pecados!
Trovões as dezenas estrondeiam no céu,
E aqui retido totalmente ao léu,
Já me sinto até agasalhado!