Eu!
Como posso ter
Meu eu?
Se só posso possuir
No mínimo para viver
Um mito do eu.
Suo a camisa
Para possuir o que quero
Trabalho, trabalho
Mas, porém, toda via
Nada, pouco resultado
Eu obtenho.
Eu não posso ser
Pior do que sou.
Para um bom entendedor
Não desejo ser um todo possuidor
O que me proponho é...
O meu é, que é incerto, protestar
Com certeza imediata:
Leva-me a beleza da solidão.
A imensidão da mente
Desmente tudo que penso ser certo.
Flutuo numa infinita estrada
Ladeadas por imensas estrelas.
Cometas velozes circulam no tempo
Ao redor das gigantes siderais.
Me levando ao limite da exaustão mental.
Suplico!
Minha consciência pede mais:
Suplico por novos tempos
Novas ilusões e novas ideias;
Às que tenho não me servem
E só me expõe aos inimigos,
Ferozes inimigos
Destruidores, inimigos que ferem
E numa investida matam
E enterram vidas
Em covas de aço.
Chicão de Bodocongó
Campina Grande, 30 de dezembro de 2012
Às 16h03min
Chicão de Bodocongó foi a melhor maneira de homenagear o bairro que moro a trinta anos na cidade de Campina Grande ( Bodocongó ), Paraíba. O meu nome é Francisco de Assis que é acompanhado pelo sobrenome Cunha Metri e faz pouco dias que venho publican...