Com a alma desossada a perpetuar faúlhas de emoção, sonos soltos na noite e a voz inescrutável da vida com as palavras escondidas nos detalhes voláteis fervilhando dor como exorcistas que saram mas não curam no cárcere de uma parábola, pigarrearam nas mãos torpes vendavais de lividez chispadas de profundas ausências onde os gestos morriam simples nas mãos do sonhador…
Com os olhos tolhidos pela aurora e os gritos guturais no rosto ressurgindo do nada acordo as severidades meigas pela janela da minha vida onde contemplo o riso do tempo com ganas de bonomia enquanto o embaraço dos dias se esvai, a escapulir-se na faina das minhas imparidades, pela promiscuidade obscena em que forjo a fúria da voz a aclamar o espírito do corpo nessa paz firme em mim que o coração torna gentios sentimentos
Pelas vestes que trajam há amigos mais chegados que irmãos pela verdade que plantam, alados bramidos que nos ungem os sentidos despertos em que somos gente que sente o esboço dos nossos dias
«Pelas vestes que trajam há amigos mais chegados que irmãos pela verdade que plantam,» muito bonito mesmo,o mundo precisa ser povoado com mais pensamentos assim,para q aconteça o crescimento da paz e união das raças,vc escreve com uma notável sabedoria,curti muito sua poesia