Semeio no âmbito do real, os sonhos da madrugada
Em que o limite é abrir os olhos, é a luz de todo dia.
Perpetuo as cores da noite, de uma utopia encantada
Em resgate a procedência, do limiar da vida, a poesia
Alma de mulher, canto do poeta, estrela encantada
Brilho da canção, a você, o meu amor em demasia
Dormitando em teus braços, minha alma apaixonada
Em fuga desta alegoria, um mundo de pura fantasia
Pois o sol logo irá nascer, e a lua em total abandono
Do meu sono se dispersa, é luz, é hora de amanhecer
É acordar sem querer, é o presente de um corromper
Mas eu não consigo esquecer, às noites em teu abono
Sementes da ilusão, desejos que tu possa alvorecer
A saudade é solidão, no teu instante ausente de prazer
Murilo Celani Servo