Dispo-me do meu gênero – poeta não tem sexo – para falar sobre o ser mais que perfeito, criação inimitável, de quem é maior que, o universo.
Tudo quanto Ele fez é a própria perfeição e, o homem foi... Será, sempre, a sua criação maior – Adão foi criado para a Sua glória, porém, para criar Eva, o Senhor o fez dormir, para manter a fórmula em segredo. Ela, a mulher – humanamente falando, a única geratriz – é o ser mais invejado e copiado pelo próprio homem, que de todas as formas possíveis, busca encontrar a forma original, do ser que é, um universo em complexidade e, possuidora, de mistérios insondáveis – busca vã. Nesse particular, não há espionagem industrial que prospere; nenhum cientista, e/ou, ganhador de Prêmio Nobel conseguirá, tal intento: a originalidade de tal invento.
Aportar e, permanecer, em tal ser é como desbravar, o infinito rumo ao encontro, de outra desejada – a lua.
Muito se fala, homenageia-se, escreve-se, descreve-se e poetiza-se, sobre essa, que foi, é e será... A musa, lira, verso, reverso, controverso... Ode!
Mulher! Equilíbrio e loucura.
Natureza, mãe terra, Gaia, oxigênio, vida, morte, desdita e sorte.
Início e fim, o bom e o ruim; o fio da costura, o rasgo do saco, o arremate, o grito e o engasgo!
Da navalha o fio, do faminto o desafio... MULHER!
Beleza, realeza, atenção, distração, sedução... Perdição!
O brilho que seduz; trilha para às trevas e, o caminho para a luz.
Mulher, terra, montes, montanhas, vales, desaguar d’águas... Do encontro do côncavo com o convexo... Explosão, clímax, cataclismo... Emoção!
Dele, a musa; a inspiração – do arquiteto das formas boleadas – que, hoje, flutua em outro universo – Niemeyer.
EstherRogessi,Escritora UBE, Mat.9363, Crônica: Mulher Um Universo,Recife,12/12/12