Outra vez as brumas da noite lentamente
começam a cobrir a terra como um manto,
Desperta o primeiro ser que vive na noite,
e levantando a cabeça faz ressoar tímidas
a primeira saudação ao luar flutuante,
acordando a matilha de pele macia cinzenta,
anunciando a tantos outros que é chegada a hora
de saudar a fiel companheira das trevas.
Um lobo uiva na noite saudando o luar,
mostrando à natureza que não tem medo,
seu brado ecoa para fazer tremer os inimigos
daqueles seres soturnos que andam na noite.
Bem sabem que quando ressoa o uivo noturno,
muitos outros cinzentos ao longe o ouvem,
e respondem ao vento que presentes estão
unindo seus uivos em tristonha sinfonia.
Um lobo uiva na noite saudando a lua bela,
avisando que a melancólica cainçalha
tomou seu lugar no campo de batalha,
todos sabem que vivem apenas uma vez
e não temem a morte, consortes que são
da solidão canhestra nessa vida que vivem,
desde o primeiro dos seus dias neste mundo.
by Arys G@ioVani
revisada e republicada