Te encontrar assim, de repente,
perdida entre automóveis
e barracas de camelôs,
foi como trombar, desapercebido,
com um oásis, para o justo repouso;
um abrigo fiel de descanso.
Caótica,
a cidade se estendia para além das razões;
mas... te ver ali, parada em minha frente;
mãos estendidas para o abraço,
foi a surpresa mais doce que eu poderia ter.
Um instante mágico, surreal
e, só para mudar o contexto,
senti um desejo incontrolável de pintar
novas paisagens no concreto,
no cinza que a cidade nutre.
Te encontrar assim, tão de repente;
e rever o teu sorriso de milênios
como se nunca o vira antes,
foi reencontrar o paraíso
em meio a minha solidão,
e a dos passantes.
Escrever, é como fazer espelhos; deixar refletir o rosto de quem lê!