Veja só essa sina minha:
Criei uma porta tão pesada
Que para entrar não passa nada
E para sair só com força acompanhada
Fiquei preso sem força minha
E quem vê de fora, julga castelo tão adornado.
Pelo portal, grande tão pesado.
Oh que sucesso, dono de lugar tão consagrado...
Ah! Que desespero
Que de dentro, grito a puro peito
Me ajude abrir a porta,
Que este não é o enterro meu.
Caí numa armadilha por mim criada
E agora, porta desgraçada
Deixou sair e não quer deixar entrar mais nada.
O que faço eu agora,
que preso fiquei, sozinho
Se para abrir tal porta só eu, comigo, euzinho
Estou tão cansado e força, chave, alavanca não há.
Esmurro a porta,
por tê-la feito
Que agora, bem feito, sou prisioneiro aqui dentro.
E não sei como escapar.
Já que sozinho abrir a porta não dá
E não sei de ninguem, tão apta a tentar.
Quero culpa-la por levar a chave.
Mas remorso não há, porque eu fechei
Tão pesada porta, pra tudo, tudo acabar.
Oh ego Laevus!