Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
pós redemoinham dentro do silencio,
caem na pele entre pêlos,
sufocam poros,
mascaram cílios,
delineiam olhos.
... sedimentam crostas em paredes internas!
as faxinas deixam resíduos,
marmorizados
nas entranhas,
que lambidos são polidos...
e esquecidos
do lado de fora,
dedos erguidos ao vento
são lentes,
observam e sentem
as texturas
de grânulos
silentes no tempo...
pedriscos de cristais
movem pensamentos...
mãos colhem
[moldam]
poeiras sobreviventes!
manejos de inventos
coados de campos,
de desertos e cercanias de mar...
carcomidos de rochas celestes,
de alpes, de agrestes...
ingredientes esculpidos
[corpos poéticos...]
vitrais coloridos
mas, entre pálpebras,
dão cor às lágrimas,
fazem véu , formam lamas.
[... entre olhos e céu!]