Sonetos : 

Ressurreição

 
Em morada distante, poemas enfeitam em fulgor
Concatenado pelos laços, leves como a melodia
Instante simultâneo, tom que o tempo é a cor
Sintonia do pensar quando a paixão é poesia

Corações pulsam o toque. Desejos exalam calor
Noites em silêncio disfarçam o prazer na teoria
Indumenta dos versos, arte que se tem de compor
A quem a esperança perpetua no tempo a teimosia

No divagar dos sonhos, imensidão por quem a saudade
Rouba-lhe o medo quando lhe devolve o sabor de viver
Pelo empirismo de amar, devolução do sentir a liberdade

Ao encontro do equilíbrio disperso por uma falsa identidade
Quando a intuição em aviso, não se fez ouvida por não se ver
O instante em que o presente o passado te ocultou a realidade


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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