Em morada distante, poemas enfeitam em fulgor
Concatenado pelos laços, leves como a melodia
Instante simultâneo, tom que o tempo é a cor
Sintonia do pensar quando a paixão é poesia
Corações pulsam o toque. Desejos exalam calor
Noites em silêncio disfarçam o prazer na teoria
Indumenta dos versos, arte que se tem de compor
A quem a esperança perpetua no tempo a teimosia
No divagar dos sonhos, imensidão por quem a saudade
Rouba-lhe o medo quando lhe devolve o sabor de viver
Pelo empirismo de amar, devolução do sentir a liberdade
Ao encontro do equilíbrio disperso por uma falsa identidade
Quando a intuição em aviso, não se fez ouvida por não se ver
O instante em que o presente o passado te ocultou a realidade
Murilo Celani Servo