Corri devagar
ao encontro do vento
num voo inquieto de luar,
ficamos abraçados
a sentir o orvalho da noite quente
com o ventre aconchegado
das horas paradas…
Sussurramos silêncios
com os lábios vermelhos,
assistimos ao parto da madrugada
no colo do dia…
Da terra chegou o sol
a rasgar o horizonte,
levou consigo o vento
sentou-se na varanda do meu peito…
Bebemos o café da manhã
sem palavras
vestidos de gestos
a entregar o louvor do amor
ao dia
que nos fará companhia
nas cores infindas
da nossa vontade!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...