Misturam-se as cores pelo horizonte
Tudo mágica e magia no firmamento
Vai uma ave em vôo longo... Longe...
Vai planando perdida em pensamentos,
Pássaro anil pelo vasto cerúleo infinito
Olhos em brasas, asas em forte fogo
Voando em busca de um seguro abrigo
Em busca de um seio farto e leitoso...
Vai voando singrando o manto divino
Levando seus sonhos como um tesouro
Apenas Deus como um poderoso amigo
Esperanças em líquido diáfano e morno...
Aonde vai, ave dos olhos mortais luzidios?
Vejo-te desbravando o espaço maravilhoso
Numa ânsia cigana de preencher um vazio
Que te amarga e preenche o corpo todo
Em teus vis momentos de impuros devaneios
Mesmo sabendo que tudo é barro e lodoso
E tudo e todos são rosas num mesmo canteiro
Peças descartáveis de um complicado jogo...
Aproveitemos a oportunidade de ouro
Sejamos um para o outro por inteiro
Seremos os seres mais felizes do mundo
Como um dia li num poema verdadeiro
De uma menina linda... Uma tal “Sansão":
“Tendo-se um ao outro, tem-se tudo! "
Gyl Ferrys