Esperei a chuva cair naquele dia triste de dezembro, Como se minhas lágrimas não bastassem, Tudo dentro de mim parecia solitário e vazio, Até meu coração perdeu seu ritmo aos poucos.
Naquela noite tentei deitar-me e dormir tranquila, Mas algumas lembranças vieram me assustar, Coladas em minhas pálpebras a noite toda, Não me permitiram descansar.
O vento soprou de leve em meu rosto, E pude encher meus pulmões de ar, Respirar se tornara algo difícil agora, Sofrer parecia o meu fim inevitável.
Mas como todo bom sonhador ainda persisti, Meus pés tão feridos queriam se mover, Para um lugar longe do passado e do presente, Em direção á algo novo e palpável.
O meu coração cansou de procurar o certo, Cansou de tentar fazer o impossível, Meu coração na verdade cansou de ser machucado, Há muito tempo tem andado ferido.
Mas havia um brilho profundo em meus olhos, Minha alma estava presente a cada instante, Ela continuou a aquecer meu coração em noites frias, Fez-me suportar cada ferida incurável.
E quando menos imaginei meu coração renasceu, E tudo voltou a ter cor novamente, O ar passava por meus pulmões facilmente, E a noite pude deitar e dormir.
Mas meu coração ainda com medo permanece, Prometeu a si mesmo amar e não ser inconsequente, Prometi a mim mesma sorrir mesmo quando não contente, Porque ao final a vida é fria como o gelo.
Um cantar numa coberta de esperança independentemente dos acontecimentos...afinal o caminho é sempre para a frente "quer queiramos, quer não",essa é a realidade... Gostei da sua reflexão. abraços maria