Quando passa o vento úmido carregando nuvens azuladas sinto o cheiro das festas de fim de ano. Luzes se espalham na cidade, emoldurando o mês natalino. Ir às compras, fazer arranjos para celebrar o grande dia, encanta e se tem a sensação de paz e alegria. Mas é tristeza que me invade nesta data festiva. Será que o Deus Menino verá tudo com carinho? As luzes, as guirlandas, os presentes, ceias, confraternizações, são atitudes honestas a quem é dedicada a festa? Quando chegar o grande dia, onde estará o Deus-Menino, aquele que antes de nascer dormia n’um ventre peregrino?... Onde está o estábulo quente, acolhedor que um dia recebeu Jesus, o salvador? Qual luz Ele aceitará?... As que reluzem nas torres, nas arvores, nas fachadas de prédios e escadarias? As dos pinheiros que brilham dentro das casas e hospedarias? Ou... As que saem das mãos abertas trazendo paz, saciedade, calor, humildade, solidariedade e... Amor?
Minha prece é que em todos os dias do ano, a luz que vem da Luz, ilumine a todos!