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Melhor mesmo é que todos esqueçam
o que são.
Sãos e salvos
das salvas de palmas
de pedras
daqueles que não pecam.
Não pecamos.
Não percamos a mão
dessa rocha funda
a rumar na testa
dos que querem lembrar
que não somos
tão sãos assim.
Nem gigantes.
Somos mais sós que sãos.
Somos sóis em vão,
porque apagados
parece menos perigo,
parece menos prenúncio
de uma explosão.
Melhor a sombra esquecida
de um monumento colossal
de cimento
esquecimento
e pedras
dos atiradores de elite.
Pedras pontiagudas
de açoitar o social.
Estalactites.
Estala coração de vidro pintado,
esquece.
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