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Porque não sinto-me sempre assim
entumescido desse éter
hedonicamente favorável?
Beijo os favos de mel
da colméia alegria
onde não há zangões
nem zangados
onde tudo é doce-instante
por um pólem
por um triz
Pelo arroz e a paz,
e as vezes
pelo ar
de respirar
e de estar
feliz.
Porque não pode
éter eterno?
Porque é que a montanha
russa
roça
o lôdo
do poço
no fundo,
se posso subir
se posso
no caminho do céu
no caminho do som
se ando?
Porque cabisbaixo,
preâmbulo da descida,
porque a ausência de dopamina
porque não completo,
sempre???
É lá que tenho coragem,
que vejo e endosso
os frames que hão de vir.
Mesmo que depois eu relaxe
medo que depois passe
e eu embaixo
ou em cima
continue.
Eu contínuo.
Eu continuum.
Eu hedômetro avulso,
alpinista neuroquímico.
Carneiro montês.
Eu berro e zum -
Acabou chorare.
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