Sob a cobertura azulada
se deita um verde capinzal
curvado ao vento e ao tempo;
moldura do objeto de invento
d'um tempo não muito distante...
Com a proteção d’um
chapéu de rama, feito bacia
emborcada de folhas,
que ao vento e ao tempo
transmutou-se em musgos;
visgos colados de poeiras
trazidas pelo vento, a tempo
de matizar telhado.
Antevendo o arriado
do galho cansado,
a paisagem nativa dá colo
de mãe, recostando-o
à maciez de ramas e
tapete colorado;
folhas secas arrastadas
ao vento, amontoou-se aos pés
do velho casebre abandonado,
que pede ao vento e ao
tempo, o tempo de ficar
mais um pouquinho
a tempo de ver a
primavera chegar
e enfim poder
desabar.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
Dentro de minha infância têm
um casebre que invade sempre
minhas lembranças...