Depois de morto, hei de voltar.
Assombrar-te o suposto coração.
Aterrorizá-lo em sonhos e dar
Cabo, a qualquer outra intenção.
Desse amor, que mesmo noutro lugar.
Por sentir, meu cadáver faz menção.
Enamorar-se e não nos esperar
Numa possível outra aparição.
Mas que tu não fiques muito pasma
Ao ver revelar-se o meu fantasma
E assustar-me com teu senil horror.
Atenta, nobre alma, ao meu semblante.
Nele verás o mais importante:
Que não morreu, por ti, o meu amor.