Ausente a lua do espaço noturno do teu tempo
Uma nostalgia alenta a insônia, cenas imaginadas
Murmuras em nome da paixão, preenchem o silêncio
Subvertendo em tua alma, uma presença cúmplice
Das cores e dos desejos, quando o teu olhar carente
Ao relâmpago entre nuvens, reluz o clarão avermelhado
Da tempestade futura que a recolhe ao calor dos sonhos
Até ao amanhecer inocente, manhã que o tom é a canção
Do ecoar do desejo madrugado, pela reta constante e vazia
Até aos ouvidos dos extremos, surdos pela ilusão do prazer
Murilo Celani Servo