Todos os poetas
já escreveram mil vezes
a mesma coisa
Natal... e outras coisas parenteais
séculos e séculos
em todas as décadas
palavras ordenadas...trocadas
sempre as mesmas...
Gritam
os poetas silêncios
rasgos na tinta
mensagens infindas
todas com palavras iguais...
E
nesta época
não é diferente
Natal...Natal...feliz!
Nasceu o menino...
Ao mundo muito amor...
Prendinhas...muitas fitinhas!
E
pergunto eu
que falta afinal
para que seja Natal?
Para que o ano todo
seja contagiado por este ao qual
chamam espírito de Natal?
Pois!
Nem respondo
já todos o escreveram
corro o risco de não dizer nada de novo!
E
tal como eu mesma já escrevi
grito Natal
no silêncio que me rasga a alma
ao vislumbrar tamanha hipocrisia
que nesta época
ainda me traz mais agonia!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...